É importante verificar se a compra do ativo foi próxima ao pagamento de um evento.
No mês em que há o pagamento do evento, há um pico de rentabilidade. Isso acontece porque o valor de todo evento, isento e com Gross Up, é o mesmo para todos os clientes que possuem posição, não importando a taxa ou data / custo de aquisição.
Quando a compra é feita no mercado secundário, parte do custo de aquisição é composta por juros já decorridos.
Na data de pagamento desse evento, o cliente recebe o total dos juros calculados desde o início do ativo ou último pagamento de evento + o Gross Up sobre esses juros do período inteiro.
Quando isso acontece, o PU a partir da data do evento fica menor que o custo de aquisição – e, portanto, sem imposto / Gross Up a apurar.
Dessa forma, o “pico” de rentabilidade do mês em que o evento ocorre é “compensado” nos meses subsequentes, onde não há apuração de Gross Up: o PU fica menor que o custo de aquisição, resultando em ganho de capital negativo e, portanto, não havendo imposto a ser calculado. Por isso, a rentabilidade nesses próximos meses vai ficar próxima ao ativo isento.
Veja nos gráficos do exemplo abaixo:
Nos dias 15/12/17 e 17/12/18 há o pagamento do evento. O PU neste e nos próximos dias fica abaixo da linha do custo de aquisição. Não há, portanto, gross up a ser apurado até que o PU calculado ultrapasse novamente esta linha.
Quanto mais próxima da data do evento é a compra:
maior é o valor desses juros decorridos;
maior o efeito do pico de rentabilidade;
mais tempo o ativo ficará com a remuneração próxima a isenta para "compensar" o pico de rentabilidade.
Tudo isso está explicado também na memória de cálculo, na estrela do histórico de operações – manutenção.